Setembro de 2014: Novo Acordo. Problemas ortográficos:
Correções às Regras do AO de 1990. Evanildo Bechara
PENSAMENTOS ETERNOS
Nesta página, sempre em formação, que não se destina a debate, pretendi colecionar pensamentos de eleitos da vida, como informação sempre disponível e especialmente dirigida aos meus numerosos filhos e netos. Excluí os eventos da vida destes eleitos da vida, que podem ser encontrados nos livros históricos especializados.
O objetivo foi sobretudo comungar a emoção que se sente na perenidade de interesse social desses pensamentos, após muitos séculos. Por este motivo, além das ideias dos grandes religiosos desde Moisés a Maomé, concentrei-me em figuras imortais da Antiguidade. São notáveis algumas antecipações a conceitos que mais tarde foram considerados originais. O meu objetivo foi, também, prestar a minha homenagem sentida, de diletante (não sou um especialista), a todos que lutam pela necessidade de prestigiar a filosofia, essa música do espírito (desde crianças que os `porquês´ nos perseguem; ora «A função principal da filosofia é libertar o homem.» Epicuro).
Os eleitos da vida de quem inicialmente tenciono colher os pensamentos (sempre reduzidos e, para mim, mais significativos como ciência perene de vida) são, por ordem cronológica: Moisés, Zaratustra, Confúcio, Buda, Heraclito, Protágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro, Jesus, Maomé, Bhaá'u'Lláh. No decurso do estudo, poderei, porém, considerar outros eleitos que também me impressionem.
No fim deste resumo estão as considerações explicativas sobre os critérios usados e a bibliografia que será utilizada.
Na contestação feita pelos materialistas aos espiritualistas sobre a existência da alma, uma coisa é insofismável: nos pensamentos eternos seguintes, ficou-nos a alma eterna dos seus autores.
Moisés (1200 anos a.C.):
Em primeiro lugar, (1) devemos amar a Deus sobre todas as coisas e (2) não O invocar em vão. Deve-se depois: (3) de sete em sete dias, descansar um dia; (4) honrar pai e mãe; (5) não matar; (6) não adulterarás; (7) não furtar; (8) não levantar falsos testemunhos; (9) não desejar a mulher que seja `propriedade (...)´ de outro homem; (10) não cobiçar as coisas alheias.
Zaratustra (um zoroastro, 1000 anos anos a.C.?):
• O Inferno não é eterno, pois, no fim, todos acabarão por ser
salvos.
•
Boas ações (condena-se: orgulho, indolência, cobiça, luxúria, adultério,
aborto.
• Condena a calúnia, cobrar juros a alguém da
mesma religião, acumular riqueza.
• Devemos ser soldados em luta contra a violência, a crueldade
e os espoliadores dos homens.
Siddhartha (ou Gautama Buda: o iluminado, 563 anos a.C.):
• O sofrimento provém do desejo de se ser ou ter alguma coisa
incorreta ou de desejos incorretos. Quando cessa este desejo, cessa, portanto, o
sofrimento. Nesta senda, conseguir-se-á a extinção de todo o desejo, isto é, a
calma, o saber, a iluminação, a paz do Nirvana (que não é uma aniquilação do eu;
não é nada deste mundo nem do outro; não é uma união com Deus; mas simplesmente
o fim do sofrimento).
• Não quero cerimónias, orações, sacerdotes, oferendas ou
alusão a Deus, ou a entidades.
• Não faço ofertas de Céus como prémio, ou ameaço com Infernos. É que a nossa preocupação não deve ser a existência futura, mas a atual.
Confúcio (551 anos a.C.)
• Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente; de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro; vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido..
• A maior glória não é ficar de pé, mas levantar-se de cada vez que se cai.
• Só os grandes sábios e os ignorantes são imutáveis.
• Escolhe um trabalho de que gostes e não terás de trabalhar toda a vida.
• Nunca faças uma aposta: se sabes que vais ganhar, és um patife; se não sabes, és um tolo .
• Até que o Sol brilhe, acendamos uma vela na escuridão.
Heraclito (550 anos a.C.)
• Não nos podemos banhar duas vezes no mesmo rio.
• Há uma lei geral da mudança, regulando o devir.
• É preciso que o povo lute pela Lei, tal como pelas muralhas.
• Não conjeturemos à toa sobre as coisas supremas.
Protágoras (486 anos a.C.):
• O homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são.
• Não existe uma verdade igual para todos.
• Sobre cada questão é possível apresentar uma tese, mas também uma antítese.
Sócrates (470 anos a.C.):
• Conhece-te a ti mesmo.
• Há apenas uma coisa que sei: é que nada sei.
• Não é a acumular riquezas que se consegue a virtude, mas do aperfeiçoamento da alma é que nascem as riquezas.
• É preciso que os homens bons respeitem as leis más, para que que os homens maus respeitem as leis boas.
• Não consiste dificuldade em fugir à morte, mas à culpa; fui alcançado pela morte e os meus acusadores pela iniquidade...
Platão (427 anos a.C.):
• A principal virtude dos magistrados é a prudência; dos guerreiros, a coragem; dos indivíduos, a temperança.
• As coisas são meramente cópias das ideias que temos delas, como as sombras são geradas pelos corpos. Existe, no entanto, em nós uma tendência inata para juntar essas ideias.
• Numa república perfeita, os governantes deveriam ser filósofos (e os filósofos governantes...).
Aristóteles (384 anos a.C.):
• A virtude deverá tender precisamente para o justo meio. O que é natural é o justo meio entre o excessivo e o insuficiente.
• O melhor Governo é o fundado na classe média, pois às vezes os ricos abusam do seu poder, e os pobres são incapazes.
• O Estado existe para o homem e não o homem para o Estado.
Epicuro (341 anos a.C.)
• As nossas preocupações derivam de quatro causas: o medo da morte, o medo dos deuses, o medo da dor, o medo do futuro.
• A função principal da filosofia é libertar o homem..
• Nascemos uma única vez e não nasceremos mais para toda a eternidade.
• Para ser feliz, o homem precisa de três coisas: liberdade, amizade e tempo para meditar.
• O máximo bem é o prazer (que não é hedonismo), mas consiste na saúde.
Jehoxuá (Jeová é Salvador, Jesus em grego). Moxiá (Cristo: o ungido) .
• Não dos mortos, mas dos vivos é que Ele é Deus.
• Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados...
• O trabalhador merece o seu sustento.
• O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado.
• Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
• Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, desprezais o mais importante da Lei: A justiça, a misericórdia e a fidelidade. Sois semelhantes a sepulcros caiados, formosos por fora.
• Não julgueis para não serdes julgados. Porque reparas no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?
• Vós sois todos irmãos
• Faz ao teu semelhante o que desejas que ele te faça.
Kutam (Maomé: o Aclamado, ou o Enviado)
• Que te parece se o homem trata a verdade com mentira, e lhe volta as costas? Não saberá ele que Deus o vê?
• Fazei preces; dai aos pobres o que lhes é devido.
• Praticai o bem. Vede: Deus ama aquele que faz o bem..
• Impondes uma conduta impecável aos homens, enquanto vos esqueceis de praticar o bem! E ledes vós as escrituras! Acaso sois insensatos?
• Lutai como Deus manda contra esses que vos combatem, mas não comeceis as hostilidades. Vede: Deus não ama os agressores.
• O Messias, Jesus, filho de Maria [uma virgem purificada acima de todas as mulheres] Jesus era somente um mensageiro de Deus, o Seu Verbo — que Ele fez descer sobre Maria — e o Seu Espírito. Mas Deus levou Jesus para Si! Deus é Todo-Poderoso e Sábio.
• O adúltero e a adúltera: castigai-os com severidade, a cada um dos dois com um cento de varadas.
Bahá’u’Lláh (a Glória de Deus, 1817)
• Deve haver igualdade, educação universal, eliminação da pobreza.
• A Terra é um só país, e os seres humanos seus cidadãos.
• Há um só Deus para todos os humanos e uma só religião divina para todos os tempos, renovada por meio de variados manifestantes (como, por exemplo, Moisés, Cristo, Maomé).
• Deve-se procurar livre e independentemente a verdade, sem preconceitos de qualquer natureza, harmonizando a religião com a ciência e a razão.
• Para unir o mundo, deve haver um idioma universal auxiliar.
Bibliografia de onde são retirados alguns dos tópicos desta página:
As Grandes Religiões do Mundo, autores diversos, e. Editorial Verbo
As Religiões do Mundo, autores Diversos, e. Círculo de Leitores
Enciclopédia Visual e Temática Larousse, e. Seleções Reader’s Digest
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, e. Editorial Enciclopédia limitada
História da Civilização Ocidental, de Edward McNall Burns, e. Editora Globo
História das Religiões, de Charles Frances Potter, e. Edições de Ouro
História Universal, autores diversos, e. Círculo de Leitores
História Universal, de H. G. Wells, e. Livros do Brasil
Jesus no seu Tempo, e. Seleções Reader’s Digest
O Homem que se Tornou Deus, de Gerald Messadié, e. Difusão Cultural
Os Quatro Evangelhos, e. Difusora Bíblica
Religiões do Mundo, de John Bowker, e. Círculo de Leitores
Vidas de grandes Religiosos, de Henry Thomas e Dana Lee Thomas, e. Livros do Brasil
Internet para a religião de Bahá’u’Lláh
Penso Logo Existo, de Pietro Emanuele, e. Círculo de Leitores
História da Filosofia, Direção de François Châtelet, e. Círculo de Leitores
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